Vinhos: Uva Tannat

A uva Tannat, originária do Sudoeste de França, é responsável pelas características dos vinhos tintos de Madiran, França, e do Uruguai, que se tornaram emblemáticos para essas regiões. A casta Tannat foi introduzida no Rio Grande do Sul, em 1971, pela Estação Experimental de Caxias do Sul. Ela apresenta elevado vigor e brotação tardia, o que lhe garante proteção dos efeitos prejudiciais das geadas primaveris. 


O vinho Tannat apresenta elevada intensidade de cor e concentração de taninos, por isso necessita de mais de seis meses de amadurecimento em barrica de carvalho para adquirir equilíbrio e maciez. 

Vinhos estruturados e de coloração muito intensa, por ser rico em compostos fenólicos. Geralmente ácido, duro e nervoso. Tem como características a concentração do tanino (daí nome), aquele elemento importantíssimo da uva que dá cor e uma sensação de adstringência na boca (pois tem a capacidade de coagular a saliva) que pode ser muito intensa ou bem trabalhada. É recomendável para corte com outros vinhos tintos finos para intensificar sua cor e estrutura e também para a produção de vinho varietal podendo melhorar com o amadurecimento em barricas de carvalho. Se a uva é madura, e o vinho amadurecido em barrica de carvalho, torna-se relativamente redondo, mais suave e agradável.
 

No Brasil, os maiores municípios produtores de uva Tannat são: Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul e Cotiporã, na Serra Gaúcha, e Santana do Livramento, na Campanha. 


O destino dessa produção é para a elaboração de vinho tinto, utilizado principalmente para corte e, recentemente, também para a produção de vinho tinto varietal.

Os vinhos da uva Tannat são considerados os mais benéficos ao organismo, pois contém maior concentração de resveratrol, substância química antioxidante que ajuda a combater o envelhecimento precoce e alguns tipos de câncer. Sem contar que ajuda nas doenças do coração.

E viva a Tannat...

Vinhos: Uva Merlot

Uva também francesa, com grande penetração na região de Bordeaux, entre no corte dos vinhos da região junto da Cabernet  Sauvignon e da Cabernet Franc, na composiçao dos vinhos de Bordeaux, principalmente St. Emillion e em corte para o Pomerol.

Detém enorme prestpigio na França e nos demais paises aonde é cultivada, sendo que é a mais plantada em Bordeaux, e também a 3ª mais importante no seu país de origem.

Uva elegante, com casca escura, proporciona armos de café, ameixas maduras, pimenta do reino.

Seus vinhos apresentam baixa acidez, textura suave e baixo nível de taninos, suculentos.

Aproveita bem o barril de carvalho, podendo envelhecer e mostrar vinhos com alta complexidade e estrutura.

Cultivada hoje na França, Estados Unidos, Chile, Argentina, Brasil. Na Espanha, além da produção em diversas regiões do país, as regiões de Navarra e Somontano são as principais produtoras de Merlot.

Alguns vinhos produzidos com a Merlot:
. Petrus;
. Chateau Angelus;
. Chateau. Palmer;
. Ornellaia,
. Casa Lapostolle,
. Clos Apalta;
. Má Partilha.

Assim como a maioria das uvas tintas, a Merlot pode ser apresentada sozinha (varietal) ou em corte (assemblage). Em ambos os casos, ela dá origem a vinhos mais redondos, aveludados e estruturados. Normalmente, o tempo de guarda é bem vindo para essa uva, porém, seus vinhos podem ser degustados mais jovens. Quando em corte, ela é responsável por arredondar, harmonizar e dar mais elegância ao conjunto.

Vinhos: Dolcetto d'Alba Casa Marttelleti DOC 2009 e Lasanha de Gruyere e Funghi Porcini

Esse foi o jantar de hoje. Acabou saindo tarde, mesmo eu estando na cozinha desde as 18:00 hs.
Como era de se esperar, não ficou apenas na lasanha e no vinho....
Antes de começar a preparar a lasaha, veio a seção de entradas: Antepasto de abobrinha ao forno com tomates secos e muita hortelã e o que acho mais simples e fantástico na cozinha italiana: Pesto Genovês.
Depois de passar no Xirata em Santo André e comprar um maço fresquíssimo de manjericão, cheguei em casa e comecei a preparação do jantar.
Comecei pelo receheio da lasanha, carregada de funghi porcini e queijo gruyere.
Depois iniciei a preparação da lasanha, estaja semi pronta (lógico, se eu fosse fazer a massa não estaria postando as 22:30 esse comentário), e depois me voltei pra abrobrinha e o pesto.
Feito tudo isso fui intimado pela dona da pensão a escolher o vinho e para essa ocasião nada melhor que um italiano, e da mesma região dos cogumelos secos e tartufos... um Dolcetto d'Alba.
Esse vinho é produzido na região do Piemonte, região noroeste da Itália, próxima a divisa com a frança.
Seus vinhos dessa uva na região são fáceis de beber, acompanham pratos da região e podem ser consumidos com comida ou simplesmente como aperitivo. Os vinhos originados de Dolcetto devem ser consumidos jovens.
Ao abrir a garrafa e postá-lo na taça, o vinho mostrava uma viva cor rubi intensa, e seus aromas, ainda frescos, pediam a comida como acompanhamento.
Ao beber o primeiro gole, o alcool ainda se mostrava presente, mas em seguida, os taninos macios do vinho pediam a presença da massa que ja estava quase pronta.
Ao iniciar a refeição, os aromas de ameixas e cerejas estavam muito mais notáveis.
A lasanha pedia mais vinho e o vinho pedia mais lasanha.
Um casamento perfeito entre dois produtos da mesma região: O funghi porcini e o Dolcetto d'Alba.
Sai um pouco da minha reeducação alimentar e agora, ao escrever esse post, nada melhor que um porto Vista Alegre Tawny.
Hoje vou dormir como um anjinho, sonhando com os cogumelos e as uvas dessa região.
Mas amanhã, duas horas de caminhada.

Uma boa noite a todos....

Danilo

Cervejas - Harmonização II

Seguindo o informativo sobre harmonizações, queijos e cervejas combinam tão bem quanto queijos e vinhos e como vimos no post anterior, existem inúmeras possibilidades que podem levar ao mais alto grau de satisfação.
Dentro dessa linha, vou expor outros eventos, dessa vez em maior amplitude, das diferentes combinações entre queijos e cervejas:

1. Mozzarela de Bufala - Pilsen
2. Queijo Boursin - Pilsen / Weizenbier
3. Queijo Chabichou - Pilsen / Weizenbier
4. Brie / Camembert - Pilsen / Kolsch / Weizenbier
5. Queijo Gouda - Pilsen / Pale Ale / Strong Golden Ale
6. Queijo Chévre ( Cabra) - Pilsen / Kolsch / Weizenbier
7. Emmenthal - Pilsen / Pale Ale / Strong Golden Ale
8. Appenzeller - Pilsen / Pale Ale / Strong Golden Ale
9. Gruyere - Pilsen / Pale Ale / Strong Golden Ale
10. Grana Padano - Dunkel / Pale Ale
11. Parmesão - Dunkel / Pale Ale
12. Pecorino - Dunkel
13. Gorgonzola - Weizenbock / Strong
14. Roquefort - Weizenbock / Strong
15. Blue Stilton - Weizenbock / Strong
16. Provolone - Rauchbier / Potter / Stout
17 . Defumado - Rauchbier / Potter / Stout

Essas são algumas das combinações possíveis, mas não quer dizer que sejam todas únicas. Por isso, é interessante experimentar uma cerveja ou mais cervejas com diversos tipos de queijos e verificar suas combinações, pois o melhor de tudo isso é a satisfação e o aprendizado.

Até mais...

Evento: Haloween Guiness Flag Bar em São Bernardo do Campo

Mais um evento acontecendo no ABC.
Halloween Guinness no Flag Bar.
A já tradicional festa de Halloween, agora com um ingrediente especial:
Vejam as informações sobre o evento.
Festa de Halloween da Guinness no Flag Bar em SBC - convites limitados - vendas antecipadas no Flag Bar. Projeto Monday Party - festas exclusivas na segunda. homem ganha capa de halloween e mulher chapéu de bruxa - welcome Guinness ...
Imperdivel !!!
HALLOWEEN GUINNESS EVENT ....
Maiores informações no blog do bar:
http://flagbar.blogspot.com/

Cervejas - Harmonização

Como se sabe, a harmonização é o assunto da moda na gastronomia e hoje em dia tudo tende a seguir essa tendência. Harmonizar queijos sempre ficou a cargo dos vinhos, que na sua grande maioria das vezes, era considerado o companheiro ideal, mas, devido a grande oferta de cervejas dos mais diversos tipos, a combinação Queijo X Cerveja também tem ganho adeptos.

Estarei mostrando algumas combinações a partir de agora e qual a melhor forma de fazê-los.
Espero que gostem.

Num processo de harmonização, devemos sempre pensar nas carcterísticas de ambos, queijos e cervejas, e nas suas estruturas como corpo, acidez, amargor, doçura, etc.

Sendo assim, devemos combinas cervejas leves a queijos leves, cervejas encorpadas com queijos encorpados, queijos de sabores fortes com cervejas fortes, etc.

Nesse quesito, devemos iniciar com as Pilsens, que são cervejas leves com amargor variável, dependendo do país, com os queijos mais leves. A melhor indicação para esse tipo de combinação seria a mozzarela de búfala, que nada mais é um queijo leve e quase fresco com a Pilsen, pois o amargor da cerveja e seu leve corpo, não serão superiores ao gosto leve da mozzarela.

Como indicação, deve-se sorver a cerveja em primeiro lugar e comer o queijo em seguida, depois mais cerveja, mais queijo, etc.

Sabemos que a combinação se torna ideal quando a sensação na boca é aquela em que nenhum dos dois itens eliminem os aromas do outro, ou seja, simplesmente se complementem ou realcem seus sabores.
Na próxima postagem darei novas indicações e novas combinações...
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Até lá...
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Vinhos: Argentina - Regiões produtoras e suas características

Este é o quinto país em produção de uvas no mundo, sendo algo em torno de 2,8 milhões de toneladas por ano, quarto produtor de vinhos (1,5 bilhões de vinhos anualmente) e o sexto maior consumidor per capita. Mas nem tudo são glórias para os argentinos, pois até a década de 80 a grande maioria dos produtos eram fracos e voltados a produtos de baixa qualidade.
Depois de muitos investimentos a Argentina tornou-se um berço de grandes produtores de vinhos finos e de qualidade, calcada na uva Malbec e que trouxe de volta o glamour a esse país vizinho.
A principal região produtora de vinhos argentinos é Mendoza, responsável por 70% da produção vinícola argentina, seguida por San Juan.
As plantações são predominantemente nos pés da Cordilheira dos Andes, alcançando 1.500 metros do nível do mar, o que confere maior maturação e qualidade aos seus vinhos.
Uma característica interessante de seus vinhedos é a irrigação das videiras com a água do degelo da Cordilheira, levando-se em consideração que a região de Mendoza era considerada um deserto.
Além de Mendoza e San Juan, a Argentina produz vinhos nas regiões de Rio Negro, ao sul, e Salta ao norte. 
Principais uvas plantadas na Argentina: Malbec, Cabernet Sauvignon, Bonarda, Merlot e Syrah, tintas e Torrontés, Chardonnay e Viognier, brancas.
Existem muitos produtores realizando excelentes trabalhos na Argentina, dentre eles é bom destacar: Catena Zapata (um dos mais respeitados e aplaudidos enólogo argentino), Familia Zuccardi (agora produtores de azeite de qualidade também), Achaval Ferrer, Familia Ruttini, Luigi Bosca, Suzana Balbo (com a sua linha Crios, excelente), O. Fournier (que também produz vinhos na Espanha, em Ribeira del Duero), e muitos outros.
Na próxima vez que for experimentar um vinho argentino, de prioridade para
vinhos de procedência, com indicação de procedência destacadas e se possível com a uva Malbec e Torrontés, uvas essas que se adaptaram muito bem ao terroir desse país. E se possível, acompanhado de um belo corte argentino de carne ou as tradicionais empanadas.

Um abraço


Danilo Muniz